Não há quem não tenha algum motivo para reclamar da saúde no Brasil. Longe de mim pontuar problemas e soluções, isso seria mais pertinente a um especialista.
Também, como é costume de todos, falar somente das mazelas seria injusto com vários profissionais que dão o sangue por essa causa.
Enfim, o que posso é comentar o que vivi. O que senti durante as muitas horas de espera até o diagnóstico e os 35 dias de internação que o seguiram, mesmo utilizando os serviços de um hospital privado.
Nesse tempo, convivi com profissionais fantásticos: médicos, enfermeiros e técnicos com sensibilidade e comprometimento; mas, também, com alguns que já deixaram a humanização escorrer por entre os dedos.
Obviamente, esse segundo grupo marca mais por causar dor e insatisfação, seja por uma injeção mal aplicada, seja por uma palavra ríspida a alguém que já se encontra em um estado de fragilidade física e emocional.
Como uma pessoa relativamente esclarecida, não me deixei abalar pelo mal humor de técnicos que faziam plantões de 24 horas em até 3 hospitais, nem por médicos apressados em opiniões equivocadas. Porém, não pude deixar de pensar no próximo. Pacientes que em meu lugar poderiam ter um dia, ou vários deles, destruídos por poucas palavras irresponsáveis.
Por trás do negócio “saúde” é preciso acabar com a glamourização de algo tão necessário e que, em seu conceito, deveria ser acessível a todos.
Em meio a tudo isso, talvez a melhor alternativa seja valorizar a saúde enquanto a tem. Atuar preventivamente, alimentar-se bem e, principalmente, manter a mente sadia e focada, pois, em meio às adversidades esta talvez seja a melhor aliada.
OBSERVAÇÃO: ainda em tempo, aproveito a reflexão para agradecer aos profissionais, amigos, doadores e todos que, de uma forma ou de outra, tenham contribuído para a minha constante melhora.
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